ICMS-SC - Auditoria - Superavaliação de custos de estoques
SUPERAVALIAÇÃO
DE CUSTOS DE ESTOQUE
Caros
amigos, já estou elaborando a última aula de Auditoria (parte contábil) para o
ICMS-SC. As demais aulas, já estão disponíveis. Na última aula vamos tratar,
entre outros temas, da superavaliação dos custos de estoques.
Acompanhe uma breve nota de aula:
Poderemos
encontrar diferenças não comprovadas nas saídas e nas entradas de mercadorias
em estoque em um dado período de tempo, ao se cotejar o estoque inicial com o
final e as operações intermediárias.
Para
tanto, o raciocínio básico é utilizar um cálculo aritmético simples, veja:
Estoque Inicial (EI) + Entradas (E) = Estoque final (EF) + Saídas (S).
Simplificando:
EI
+ E = EF + S
Caso
apareçam diferenças, será possível fazer o confronto documental para concluir
sobre erros ou fraudes. Grosso modo, algumas conclusões podem ser obtidas de
plano:
Diferença de entrada de estoques: pressupõe omissão de registro de entradas.
Geralmente, tal situação está associada à aquisição de estoque com os recursos do
caixa 2. A lógica é a seguinte: como o recurso é de caixa 2, não é possível registrar as entradas contabilmente, pois o
caixa oficial não suporta os lançamentos.
Diferença de saída de estoques: pressupõe venda de mercadorias sem emissão de
nota fiscal.
Para
estudar o tema, precisamos conhecer os efeitos da sub/superavaliação dos
Estoques inicial e final, pois cada uma destas distorções impacta no custeio
dos estoques de uma forma diferente.
Antes
de tratar da “superavaliação dos custos”, precisamos tratar da subavaliação e
superavaliação dos estoques inicial e final. São etapas diferentes! A partir da
avaliação dos estoques final e inicial é que chegaremos ao tema trazido pelo
edital, qual seja, superavaliação dos custos de estoques”
Quando subavaliamos um estoque final
de matéria prima, de produtos em elaboração e produtos acabados, teremos como consequência
a superavaliação do CMV/CPV. Com maior CMV, menor é o lucro contábil.
Vamos fazer um exercício mental
para consolidar este e outros efeitos da super/subavaliação dos estoques. Tome
a fórmula do CMV, velha conhecida do concurseiro
que estuda contabilidade geral:
CMV = EI + C - EF
Considerando um cálculo de CMV hipoteticamente
correto abaixo, temos CMV =6.
CMV = 9 + 1 - 4 = 6
Agora, você vai “forçar” a subavaliação
do estoque final, alterando mentalmente o valor de “4” para “3”. O que
acontece?
CMV = 9+1-3= 7
Veja que à medida que subavaliamos
(reduzimos) o valor do EF, o resultado do CMV aumenta. Quando o CMV aumenta,
diminui o lucro contábil.
Agora vamos “forçar” a superavaliação
do EF. Altere mentalmente do original “4” para “6”. O que acontece?
CMV = 9+1-6 = 4
Veja que saímos do CMV = 6 para um
CMV = 4. Então, superavaliar
o EF, gera CMV menor. Logo, maior lucro contábil.
Seguindo este mesmo raciocínio,
concluímos também sobre o Estoque inicial (EI).
ü Ao
subavaliar
o EI temos CMV menor.
ü Ao
superavaliar
o EI temos CMV maior.
Ao aparecer uma questão que exija
este raciocínio, basta que você monte uma fórmula com valores hipotéticos e
substitua os valores por outros sub ou superavaliados, seja o EF ou EI. Assim,
poderá formar alguns juízos sobre eventuais situações hipotéticas de
sub/superavaliação do custo dos estoques.
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