Aprenda rápido: Oferta de Trabalho
Olá Pessoal!
Como
vão os estudos para o concurso para AFT – Auditor Fiscal do Trabalho?
Espero
que estejam sendo seguidos em um planejamento de médio/longo prazo ... sem
desanimarmos diante do noticiário ... o dia da prova, um pouco mais cedo ou
mais tarde vai chegar ... e a concorrência vai ser maior, pois tanto os
Auditores da Receita Federal quanto os Auditores do Trabalho já têm uma posição
salarial destacada em relação aos demais servidores públicos do Poder Executivo
Federal.
Galera,
a matéria Economia do Trabalho não pode ser aprendida de véspera ... assim
devemos nos preparar com antecedência para irmos acumulando o conhecimento
necessário para a prova.
Desse
modo, vamos ver uma aplicação prática de um tema certo na sua prova: oferta de
trabalho!
Vamos primeiro ver a questão,
depois fazemos uma revisão da teoria para, finalmente, comentarmos a questão.
FGV / AFR / ICMS-RJ /
2009 - adaptada
Um trabalhador escolhe livremente entre horas
de lazer e de trabalho num mercado sem obrigações contratuais.
Com relação à teoria clássica de oferta de
trabalho, que relaciona horas trabalhadas com salário/hora pago, assinale a
afirmativa correta quanto às suas hipóteses e conclusões.
a)
O trabalhador não escolhe livremente entre horas de trabalho e de lazer.
b)
Quanto maior o salário/hora, menor a oferta de trabalho.
c)
A oferta de trabalho aumenta com o aumento do salário até um dado nível w*,
reduzindo para níveis de salário superiores a w*.
d)
Obrigações contratuais incentivam rápidos ajustes às variações de salários.
Comentários
Pessoal, a
Teoria da Oferta de Trabalho é lastreada na ideia da maximização da
chamada Utilidade do Trabalhador.
Aqui temos uma premissa em que o
trabalhador pode escolher entre trabalhar e ter lazer.
Essa utilidade funciona basicamente em função do trabalhador avaliar
permanentemente se vale a pena trabalhar por um salário X em vez de dedicar
esse tempo ao lazer, de modo que ele sempre busque maximizar essa relação.
Em outras palavras, a ideia aqui é a de que o trabalhador sempre avaliar
se aquele trabalho “compensa” ele abdicar do lazer. Essa “avaliação” sob sua
ótica é chamada de “utilidade do trabalhador”.
Galera, em se tratando de níveis salariais
mais baixos, com o aumento da renda (ou seja, aumento do salário do
trabalhador) existe a ideia de que vale mais a pena trabalhar, ou seja,
torna-se mais custoso dedicar esse tempo que o trabalhador poderia estar
“faturando” para usufruir do lazer.
Em outras palavras, para quem ganha pouco, tão pouco a ponto de não ter
as suas necessidades básicas (alimentação, roupas, etc.) supridas, trabalhar
mais tem mais utilidade do que ter tempo para o lazer, já que ele avaliar que é
melhor trabalhar para comprar comida do que ficar com tempo vago para o lazer,
mas passando fome.
Falando
em termos técnicos, que é o que vai aparecer em sua prova, podemos afirmar que
o custo de oportunidade do lazer sobe com a elevação dos salários.
Em outras palavras, podemos dizer que para
os níveis mais elevados de renda, essa relação deixa de existir, pois aqueles
que já ganham muito, ou seja já tem as suas necessidades básicas supridas,
pensam ser mais importante ter lazer adicional do que de ter que trabalhar
mais.
Aqui
estamos falando da regra geral, base da teoria econômica, mas claro que na vida
real existem exceções. Todo mundo conhece aquele “psicopata” já rico, com todas
as suas necessidades supridas, que continua se matando de trabalhar e nem liga
para o tempo que já poderia desfrutar com o lazer.
Voltando à nossa questão, vemos que
ela exige o conhecimento da curva de oferta de trabalho, cuja ideia
principal decorre daquela análise feita pelo trabalhador entre ofertar o seu trabalho
x ter mais lazer.
Reparem
que a letra C nos traz a ideia da análise feita
pelo trabalhador entre ofertar o seu trabalho ou ter mais lazer. Está
correta e é o gabarito.
As
demais estão erradas!
Vejamos
os erros!
A
alternativa A é falsa, pois a livre escolha do trabalhador é uma “premissa”
e não trabalhamos com essa não possibilidade de escolha.
Vejam
que a letra B,
por sua vez, descreve o comportamento da oferta de trabalho no trecho
negativamente inclinado da curva de oferta, ou seja, naquele trecho da galera
que ganha mais e já quer trabalhar menos para poder ter mais lazer
(com exceção dos “psicopatas”, claro...).
A
alternativa D
também é falsa, pois as obrigações contratuais dificultam os ajustes
rápidos das variações salariais, já que são na verdade garantias para fornecer
certa estabilidade
às relações entre empregador e empregado, desestimulando rápidos ajustes às
variações de salários.
O gabarito, portanto, é a letra C!
Ressalto que este e todos os temas com presença
certa nesse concurso estão sendo exaustivamente tratados em nossos cursos.
Bons estudos!
manuelpinon@hotmail.com
COMPARTILHE ESTA PUBLICAÇÃO
veja também